À equipe de redação da revista Veja
Gostaria de fazer algumas breves considerações a respeito da reportagem “A prova que faltava”, publicada na edição de 15 de julho de 2009. Em primeiro lugar, senti falta no texto da participação de um nutricionista, que de fato é o profissional capacitado e qualificado para estudar e avaliar a relação entre o homem e o alimento. Em segundo lugar, como a revista por si só coloca, não existem estudos controlados a longo prazo com seres humanos que suportem as evidências encontradas nos estudos com animais que foram citados. Seria muito difícil – para não dizer inviável – manter uma dieta bastante restritiva qualitativamente e quantitativamente, como a proposta pelos cientistas na reportagem. Os animais dos estudos não optaram conscientemente por fazer restrição e, portanto, não tiveram que passar pelo estresse psicológico de se controlarem tendo muita comida à disposição, ao contrário das pessoas que fazem dieta. Além disso, são vários os trabalhos científicos que demonstram a ligação inegável entre a prática de dietas e o surgimento de cravings – desejos fortes de consumir algum alimento, principalmente aqueles ricos em açúcar e gordura – e compulsões alimentares, e já se sabe que na etiologia complexa dos transtornos alimentares, fazer dieta é o principal fator precipitante. Finalmente, há de se considerar que a longevidade humana é influenciada por inúmeros fatores, que incluem o bem-estar físico e psicológico. De que vale viver por muitos anos uma vida muito chata? Como bem disse Woody Allen: “Você pode viver 100 anos se desistir de todas as coisas que o fazem querer viver até os 100 anos”.
Atenciosamente,
Ana Carolina Pereira Costa
Estudante de Nutrição e estagiária do AMBULIM – Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Hospital das Clínicas de São Paulo
Gostaria de fazer algumas breves considerações a respeito da reportagem “A prova que faltava”, publicada na edição de 15 de julho de 2009. Em primeiro lugar, senti falta no texto da participação de um nutricionista, que de fato é o profissional capacitado e qualificado para estudar e avaliar a relação entre o homem e o alimento. Em segundo lugar, como a revista por si só coloca, não existem estudos controlados a longo prazo com seres humanos que suportem as evidências encontradas nos estudos com animais que foram citados. Seria muito difícil – para não dizer inviável – manter uma dieta bastante restritiva qualitativamente e quantitativamente, como a proposta pelos cientistas na reportagem. Os animais dos estudos não optaram conscientemente por fazer restrição e, portanto, não tiveram que passar pelo estresse psicológico de se controlarem tendo muita comida à disposição, ao contrário das pessoas que fazem dieta. Além disso, são vários os trabalhos científicos que demonstram a ligação inegável entre a prática de dietas e o surgimento de cravings – desejos fortes de consumir algum alimento, principalmente aqueles ricos em açúcar e gordura – e compulsões alimentares, e já se sabe que na etiologia complexa dos transtornos alimentares, fazer dieta é o principal fator precipitante. Finalmente, há de se considerar que a longevidade humana é influenciada por inúmeros fatores, que incluem o bem-estar físico e psicológico. De que vale viver por muitos anos uma vida muito chata? Como bem disse Woody Allen: “Você pode viver 100 anos se desistir de todas as coisas que o fazem querer viver até os 100 anos”.
Atenciosamente,
Ana Carolina Pereira Costa
Estudante de Nutrição e estagiária do AMBULIM – Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Hospital das Clínicas de São Paulo
Um comentário:
oiii, adorei sua resposta á Veja. Coloquei no meu blog também:
http://filmebulimia.blogspot.com
Estamos fazendo um filme sobre bulimia. Enfim, parabéns ;) js
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