segunda-feira, julho 20, 2009

FINALMENTE INICIA-SE A BATALHA POR UM CORPO SAUDÁVEL !

Um artigo publicado no dia 13 de junho, pela revista britânica The Times, discute a batalha que a editora da Vogue britânica Alexandra Shullman vêm travando contra o “tamanho zero” (“size-zero”). Antes de apresentar o artigo, vale a pena definir aos leitores o que significa esse termo, ou seja, a tendência ao “size-zero” tão em evidência no meio da moda.
Não existe uma tradução correta, mas sim o conceito de garota “size-zero”. Apesar de este termo indicar um tamanho de roupa, que aqui no Brasil equivaleria ao tamanho 32, no mundo da moda ele é usado como uma expressão desta nova tendência de meninas ou mulheres extremamente magras.
O termo começou a ser popularizado, quando organizadores da semana de moda de Madrid utilizaram como critério para participação dos desfiles o índice de massa corporal (IMC), e não as medidas corporais, iniciando um movimento contrário ao “sizer-zero”. A exigência, infelizmente, surgiu somente após o meio da moda enfrentar a morte de três modelos anoréxicas:
Luisel Ramos, Ana Carolina Reston e Eliana Ramos, que tinham IMC menor que 16. Apesar dos riscos, celebridades como Victoria Beckham, Nicole Richie e a atriz indiana Kareena Kapoor ainda adotam e glamourizam a figura de “size-zero”.
O assunto tem gerado muita discussão no meio da moda, e atualmente a iniciativa, ou podemos dizer que a briga que a editora da Vogue vêm travando contra os estilistas de moda, parece ser um início da batalha por um corpo saudável. A editora Alexandra Shulman, considerada uma das figuras mais importantes da indústria multimilionária da moda, mandou uma carta de protesto contra esta atitude aos grandes estilistas, na qual os acusa de incentivar, e de maneira indireta até obrigar, a apresentação de modelos “size-zero” nas revistas de moda. O jornal The Times teve acesso a esta carta, e cita alguns trechos dela em que Shulman diz que como os estilistas só enviam à revista peças minúsculas de roupas para saírem nos editoriais de moda, a revista acaba sendo “obrigada” a trabalhar com modelos “size-zero”, ou nas palavras da editora, “modelos com ossos salientes, sem seios ou quadris”. Ela diz que atualmente a Vogue têm feito com freqüência “retoques” nas fotografias para que as modelos pareçam maiores.
Shulman alega que as roupas criadas pelos estilistas e enviadas para as revistas para serem utilizadas em seus editorais se tornaram “substancialmente pequenas”, e que “agora atingimos o ponto em que muitas das roupas não servem mais em modelos famosas”. Ela relata que as peças de roupas são enviadas às revistas seis meses antes delas aparecerem nas lojas e que os editores não têm escolha a não ser contratar modelos que sirvam nas roupas, pois se não o fizerem, correm o risco de mostrarem as peças mais atuais, das últimas coleções das grandes grifes.
A posição de Alexandra significa um grande avanço, na opinião de modelos, como Erin O’Connor, e especialistas, como Baroness Kingsmill, que coordenou uma pesquisa com apoio do Conselho Britânico sobre a saúde das modelos em 2007. A enorme influência que a editora têm no mundo da moda, pode significar uma abertura para a discussão sobre os padrões de beleza atuais, ajudando desta forma a trabalhar a percepção que as pessoas têm de um corpo saudável, e consequentemente levar a uma melhor aceitação de si mesmas. Sendo assim, a imagem de beleza de meninas ou mulheres “size-zero” mostrada numa revista, que escondem o sofrimento dos transtornos alimentares pode ter seus dias contados, se todos editores de moda forem a favor da causa de Alexandra. Esperamos que isso aconteça, para que finalmente possamos ver uma luz no fim do túnel.
Para acessar a reportagem na íntegra, com comentários dos leitores clique no link abaixo:

Um comentário:

Anônimo disse...

magnifico ...eu espero msmo que todos abracem essa causa, pois por tras dessa 'beleza' esqueletica existima menina ou mulher com um sofrimento interior tao grande que talvez não possa ser imaginado pelas pessoas ...porque ela é linda alta e magra!!! Mais sofre na maioria das vezes de uma doença que tras serias consequencias a saude fisica e mental. Isso tem que mudar! um imc de 18,5 no minimo tras uma aparencia mais saudavel? Quem consegue ver saude nessas meninas? quem consegue ver uma alma alegre limpa e livre nos olhos delas?
VCS SÃO AQUELES QUE MAIS PODEM INFLUIR PARA ESTA MUDANÇA!! NAO DESISTAM LUTEM ... Pois muitas vezes essas garotas nem sabem, nem se dão conta em que poderão se transformar... EH MUITO TRISTE!! EH MUITO SOFRIDO TER ESSA DOENÇA!
OBRIGADA PELO ESPAÇO E PELA OPORTUNIDADE
SIGAM!!!!
BEIJOS A TODOS
PARABENS!!!