terça-feira, outubro 26, 2010

SE DÊ CONTA 2010 - SAIBA O QUE ACONTECEU























Na abertura Fernanda Scagliusi falou do quanto hoje somos uma cultura que não sabe lidar com o corpo e com a comida. E como os profissionais da saúde devemos ser um agente dentro desta cultura. Ressaltou que a prevenção em TAs é necessária, possível e benéfica, e que envolve valores importantes como liberdade, tolerãncia, respeito e amor.



Vanessa Pizon colocou a situação dos TAs hoje no Brasil e seu impacto, além da ainda baixa detecção e tratamento destes TAs no nosso sistema de saúde. Mostrou também o quanto estamos expostos as mesmas realidades de nossos pacientes. E nos convidou então a fazer uma reflexão e olhar internamente. Quais são os nossos conceitos ? De beleza, das difernças, de quem parece saudável, de como diferenciamos saúde de doença ? Os TAs podem não ser tão óbvios de diagnosticar e nosso papel é estar atento a "quem" chega me nosso consultório e como "investigamos" este paciente.



Marle Alvarenga falou sobre o que é prevenção em TAs, o quanto estamos "alimentando" a insatisfação coporal. Na incidência no Brasil de 0,5% de AN, 1% de BN, e 2 a 5 % de casos subclínicos, mas de um número que aumenta 10 a 15% quando de fala de "alimentação trantornada", um número que se aproxima da prevalência da obesidade. Colocou como nos profissionais da saúde podemos atuar na prevenção e os tipos de prevenção: Terciária -com pessoas diagnosticadas com a doença; Secundária - grupos de risco, Primária - população me geral podendo ser universal. População, como por exemplo normatização do uso do photoshop, ou seletiva- com grupos espedcíficos e de maior risco, por exemplo, adolescentes meninas. Ressaltou as estratégias de lrevenção que funcionam, e o que não funciona e não deve ser feito.
Como profissionais temos um papel essencial na prevenção e podemos assumir uma postura preventiva.



Viviane Polacow tratou da importãncia de se fazer prevenção conjunta de TA e obesidade, e justificou sob vários aspectos esta demanda. Transtornos alimentares e obesidade podem coexistir, e ainda, um problema pode levar ao outro. A prevenção conjunta minimiza custos e evita mensagens contraditórias a respeito da alimentação e imagem coporal vindas de programas separados para prevenção de TA e de obesidade. a tática de estimular a restrição alimentar, muito comum na prevenção e tratamento da obesidade, pode não somente ser um fator desencadeante de transtornos alimentares, como também da propria obesidade, por ser gatilho de compulsões alimentares. A tática de estigmatizar a obesidade e usar a imagem corporal como fator motivador para a mudança de comportamento alimentar, utilizada também na prevenção da obesidade, também pode levar a transtornos alimentares, além de ajudar a promover imgame corporal positiva, a fim de previnir os dois problemas.



Patrícia Jacobsohn nos mostrou o universo dos sites, blogs e organizações pró AN e BN, apresentando um cenário extremamente organizado e carente de ações preventivas.


Fernanda Timerman apresentou iniciativas internacionais de prevenção em TAs, com foco nos Estados Unidos por ser um país que dispõe de uma maior diversidade de centros e websites de prevenção de referência. Também ressaltou um grande exemplo a ser seguido da Austrália com apoio governamental - pois a ministra da juventude, Kate Ellis, em 27 de Junho de 2010 estipulou o investimento de bilhões de dólares para atuar na melhora da auto estima através da imagem corporal, prevenindo não só transtornos alimentares, como obesidade, depressão, e outras doenças decorrentes da baixa auto-estima e insatisfação com a imagem corporal. Finalmente Fernanda concluiu que embora estejamos bem distantes desta realidade, e mesmo não tendo a cultura beneficiente dos países mais desenvolvidos nessa, área, nos temos potencial e área fértil para desenvolver projetos, e estamos lutando para isso.

Na mesa de encerramento, Manoela Figueiredo, todos palestrantes, e as coordenadoras do CEPPAN - Ana Paula Gonzaga e Cybele Weinberg - fizeram uma discussão do que podemos fazer de forma conjunta.





































3 comentários:

esqueci a ana (ex-ana) disse...

O aspecto referido da necessidade de uma reflexão interna ( Quais são os nossos conceitos ? De beleza, das difernças, de quem parece saudável, de como diferenciamos saúde de doença ? Os TAs podem não ser tão óbvios de diagnosticar e nosso papel é estar atento a "quem" chega me nosso consultório e como "investigamos" este paciente.) acho particularmente importante.
ex-ana
Portugal

Natalia Bonfim disse...

Gostei muito! Parabéns.

Natalia Bonfim disse...

Notícias RISSCA (inclui Se Dê Conta)
http://diadeamarseucorpo.blogspot.com/2010/11/noticias-rissca.html

;)
Abraços.